Diversos estudos têm fornecido evidências das principais características de uma experiência positiva ou negativa de atendimento ao paciente: a comunicação do paciente com a equipe de saúde pré, durante e pós-admissão; o relacionamento interpessoal com a equipe; a qualidade do ambiente hospitalar; o atendimento às necessidades culturais e linguísticas dos pacientes o envolvimento em seus cuidados e ser apoiado por meio de sentimentos de estresse e ansiedade no planejamento de alta tem sido identificados como importantes de forma geral para todos os pacientes.

Porém, as características específicas de populações especiais, tais como populações rurais e indígenas, não tem sido consideradas pelos escritórios de experiência do paciente, tornando-os bastante genéricos. Embora grupos de pacientes indígenas, infantis, da saúde mental, família e com condições crônicas tenham sido incluídos em alguns estudos de experiência de pacientes, muitas organizações de saúde desconhecem o quanto tais dados são valiosos para atingir o objetivo de aprimorar suas experiências. Você sabia?

Pacientes culturalmente diversos costumam relatar falta de sensibilidade cultural entre a equipe de saúde, falta de envolvimento ou consideração de figuras religiosas importantes para o paciente e falta de provisões necessárias para apoiar crenças culturais e religiosas, tais como orações.

Para pacientes estrangeiros, não poder se comunicar diretamente com os profissionais de saúde significa que eles não são informados ou envolvidos nas decisões e se sentem ignorados ou maltratados, bem como depositam confiança excessiva na família como intérprete e a falta da presença de um intérprete professional, fundamental para experiências positivas.

Crianças deixadas sozinhas ou cuidadas em enfermarias de adultos relatam suas experiências como estressantes. O apoio social e emocional do familiar no ambiente de saúde é particularmente importante.

Pacientes indígenas relatam falta de compreensão cultural e espiritual com os profissionais de saúde. A falta de informações leva esses pacientes a sentimentos de solidão, assim como a falta de comunicação clara com as mulheres indígenas que falam pouco.

Pacientes com câncer entendem a comunicação do diagnóstico e prognóstico como importantes, ao mesmo tempo, em que não encontram comunicação compassiva e empática. As oportunidades limitadas de participar do processo de tratamento são frustrantes.

Pacientes com comorbidades costumam perceber que os profissionais de saúde se concentram excessivamente nos problemas agudos e costumam desvalorizar outros problemas de saúde. Muitas vezes eles sentem-se negligenciados, tratados com falta de respeito e apoio devido à regularidade das visitas hospitalares ou ambulatoriais.

Pacientes com condições crônicas relatam experiências negativas de coordenação de cuidados devido por ter que se consultar com um especialista diferente para cada problema de saúde, situação que ressalta a falta de cuidado holístico e especialistas não familiarizados com o caso do paciente.

Pacientes obesos costumam reclamar de interações interpessoais fragilizadas com os profissionais de saúde e o impacto psicossocial de ser obeso no ambiente hospitalar. O fornecimento oportuno de equipamentos e infraestrutura apropriados para atender às necessidades de cuidados e facilitar um melhor bem-estar precisam ser compreendidos, juntamente com a conscientização do impacto do preconceito e do estigma da obesidade nos cuidados de saúde.

Pequenas mudanças na maneira como os profissionais de saúde envolvem-se com os pacientes de populações especiais poderia melhorar substancialmente a experiência do atendimento.